Polícia de Alagoas diz não esperar que pai de Eloá se entregue

O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, afirmou considerar remota a possibilidade de que Everaldo Pereira dos Santos, pai da garota Eloá, morta em Santo André após quatro dias de seqüestro em Santo André, se entregue à polícia.

Everaldo é acusado de vários crimes em Alagoas. O mais expressivo deles - e pelo qual ele tem o mandado de prisão expedido - é o assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa.
De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, a defesa alegou que o crime já foi prescrito, o que seria uma conclusão errada. "Isso é resultado de uma má informação, uma má linha de conduta", disse Barenco.

Ainda segundo o delegado, um quebra-cabeça pode ser montado com a descoberta do ex-cabo, com a elucidação de crimes atribuídos ao grupo de extermínio conhecido como "gangue fardada".

A polícia diz ainda que não está garantida a concessão do instrumento da delação premiada no caso. Segundo o delegado, a concessão da delação premiada é uma prerrogativa do Ministério Público Estadual, e a polícia servirá apenas de interlocutora.

Em entrevista no começo da semana, o pai da adolescente declarou não pertencer ao grupo de extermínio e ser inocente das acusações de assassinato. Everaldo também afirmou temer ser morto.
Segundo Barenco, por questões de segurança de Everaldo, se ele for preso, "ficará custodiado na sede da Polícia Federal por uns tempos, enquanto é transferindo para outro Estado".

Barenco acha também que, ao ficar foragido, Everaldo prejudica a própria defesa. "Ele vai a júri porque já foi citado nos laudos penais, inclusive com a ajuda dos oficiais de Justiça de São Paulo, o que deu celeridade ao processo. Everaldo vai a júri e a ausência dele só vai colaborar com a condenação", completou o delegado.

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