Bancários decidem acabar com a greve em quase todo o país

Depois de 15 dias, a greve dos bancários chegou ao fim em grande parte do país. Grevistas de cidades como Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Belém e São Paulo se reuniram hoje (22) em assembléias e decidiram aceitar a proposta apresentada ontem (21) pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). A categoria vai receber aumentos diferenciados por faixas salariais. Apenas os empregados da Caixa Econômica Federal continuam parados.

As propostas da Fenaban

  • Reajuste salarial de 10% para quem ganha até R$ 2.500 e 8,15% para as demais faixas salariais e para todos os benefícios
  • Participação nos lucros e resultados (PLR, uma bonificação anual) de 90% do salário mais parcela fixa de R$ 966,00, com teto de R$ 6.301. Esse valor deve ficar entre 5% e 15% do lucro líquido anual do banco, dividido pelos funcionários
  • Adicional de 8% da diferença entre o lucro líquido de 2008 e o de 2007, distribuídos para os funcionários independentemende da faixa salarial, com piso de R$ 1.320 e teto de R$ 1.980
Fonte: Contraf-CUT

Pelo acordo, os bancários que recebiam remuneração fixa mensal até R$ 2.500, em 31 de agosto deste ano, vão ter reajuste de 10%. Aqueles que ganhavam, na mesma data, salários superiores a R$ 2.500 serão aumentados em 8,15%. Esses percentuais vão incidir sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que é de 90% sobre o valor do salário.

O comando dos bancários avaliou que as últimas propostas apresentadas pelo representantes bancos tiveram avanço. Embora não atendessem a todas as reivindicações dos trabalhadores, a Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) defendeu a aprovação do acordo.

Em nota, a Contraf afirmou que a "greve foi muito forte e unitária em todo o país, forçando os bancos a melhorar a proposta na mesa de negociação".

Em algumas cidades, os empregados da Caixa continuam em greve. Eles têm reivindicações diferentes daquelas apresentadas pelos demais bancários.

Amanhã (23), os funcionários da Caixa realizam assembléias para discutir os rumos do movimento na instituição.

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