Termina audiência do caso Dado x Luana

Ator responde por agressão em boate, em outubro.
Não há previsão para sair veredito, segundo TJ.

Luana sai do fórum cercada por jornalistas (Foto: Fabiano Rocha / Extra - Agência O Globo)

Terminou por volta das 20h desta segunda-feira (23), após sete horas de júri, a audiência do I Juizado de Violência Doméstica Familiar sobre o processo em que o ator Dado Dolabella é acusado de agredir a sua ex-namorada, a também atriz Luana Piovani. O caso aconteceu em uma boate na Zona Sul do Rio em outubro de 2008.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, não há um prazo para sair o veredicto. Todo material colhido será analisado pela juíza Anne Cristine Scheeler Santos, que poderá ainda chamar novas testemunhas para tirar dúvidas.

Luana sai de tarde

A atriz Luana Piovani saiu por volta das 14h25 do I Juizado de Violência Doméstica Familiar, no Centro do Rio. Escoltada por dois PMs, ela não falou com ninguém e entrou em um carro, um PT Cruiser.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, as testemunhas de acusação - Clarice de Araújo, Alcir Sermenho, Esmeralda de Souza Honório e Gerson da Silva dos Santos - já haviam sido ouvidas. Dado Dolabella entrou em seguida no tribunal para ouvir os depoimentos das testemunhas de defesa, que não tiveram os nomes liberados. Depois foi a vez de Dado ser ouvido.

Segundo a família de Dado, os dois ex-namorados não ficaram cara a cara. Luana teria pedido para o ator não estar presente na audiência enquanto ela prestasse depoimento.

Dado chega para audiência no Centro do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Ator chega de manhã

Seis dias depois de ficar preso por 24 horas - por desrespeitar uma medida judicial que o obriga a manter distância mínima de 250 metros da ex-namorada - o ator Dado Dolabella chegou na manhã desta segunda ao tribunal.

Ao chegar, acompanhado do advogado Michel Assef Filho e dos dois irmãos Gilberto e Fernando, ele disse que acredita na Justiça, principalmente, a divina.

A atriz entrou por uma porta lateral cerca de 15 minutos após a chegada de Dado. A camareira Esmeralda de Souza Honório, que também acusa o ator de agressão, também está no local.

Por volta das 12h45, a juíza auxiliar Anne Cristine Scheller Santos convocou para audição o ator Dado Dolabella e as testemunhas de defesa e acusação.

Reunião com advogados

Na quinta (19) e na sexta (20), o Dado se reuniu com seus advogados para discutir as estratégias de defesa no processo sobre violência doméstica movido pela atriz Luana Piovani.


Há cerca de cinco meses, Dado foi enquadrado na Lei Maria da Penha, acusado de ter agredido a atriz, numa boate. Ele também responde a processo por lesão grave contra a camareira Esmeralda de Souza, conhecida como Esmê, no mesmo episódio da boate.

O advogado do ator, Michel Assef Filho contou que o ator ainda está muito abatido depois de ter passado 24 horas preso, primeiro na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e depois transferido para a carceragem da Polinter, na Pavuna, no subúrbio.

“Ele passou por uma coisa terrível, que foi ficar preso e ainda está abatido. Por ser uma pessoa muito caristmática, foi muito bem recebido pelos outros 13 presos que estavam na cela. Mas a contusão que ele tem no joelho se agravou. O médico pediu urgência no exame de ressonância magnética para ver o tratamento mais adequado”, disse o advogado.

Dado foi preso na noite de terça-feira (17), ao deixar uma clínica onde estava fazendo fisioterapia para tratar do joelho machucado durante um jogo de futebol.

Segredo de Justiça

Como o processo de violência doméstica corre em segredo de Justiça, a audiência desta segunda-feira (23) será fechada ao público. Ou seja, somente os envolvidos e seus respectivos advogados estarão no julgamento. Assef Filho disse que, pretende transformar os dois processos – movidos por Luana e por Esmê – num só.

“No meu entendimento, se houve agressão, ela foi consequência de um único ato, numa fração de segundos. Tudo ocorreu num mesmo momento. Não haveria porque, então, ele ser julgado separadamente. O processo só foi separado em dois porque o caso da camareira não poderia ser apresentado como violência doméstica”, explicou Assef Fiho.

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