A imprensa internacional repercutiu, na quinta-feira e nesta sexta, o caso da menina de 9 anos que teve a gravidez interrompida na cidade de Alagoinha, no agreste de Pernambuco, depois da polêmica criada pela posição da Igreja, contrária ao aborto. A criança teria sido estuprada pelo padrasto.
O jornal italiano Corriere Della Sera publicou em sua edição desta sexta-feira uma reportagem em que conta o caso da menina. A publicação destacou a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho, que excomungou os responsáveis pelo aborto. O jornal afirmou ainda que a excomunhão foi condenada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que classificou a atitude de "extremista e inoportuna".
O caso também ganhou espaço, ainda na quinta-feira, no site do jornal americano The New York Times e da rede britânica BBC. O site do jornal espanhol El País destacou o impasse provocado pela decisão do arcebispo, mas reproduziu a declaração de Sobrinho, em que afirma não se arrepender: "Não me arrependo. (...) É meu dever alertar o povo, para que tenham temor às leis de Deus".
A menina teve alta nesta sexta-feira do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no bairro da Encruzilhada, no Recife, onde estava internada desde a última terça-feira.
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