Desenhos de tatuagens de múmia podem desvendar sua origem

Desenhos encontrados no corpo de Oetzi, como foi apelidada a múmia congelada, podem ajudar a explicar a origem do homem de gelo encontrado nos Alpes

Desenhos encontrados no corpo de Oetzi, como foi apelidada a múmia congelada, podem ajudar a explicar a origem do "homem de gelo" encontrado nos Alpes


A mais antiga múmia humana congelada encontrada até hoje - de um homem com idade estipulada em torno de 46 anos enterrado sob a neve dos alpes italianos e que viveu 3,3 mil anos a.C. - Oetzi, como foi batizada, chama agora a atenção pela curiosidade de suas tatuagens. Pesquisadores fotografaram de diversos ângulos o "homem da neve" e suas 50 tatuagens em forma de bastões e estão compartilhando essas imagens num site para decifrar o significado dos desenhos e obter informações sobre a vida da múmia. As informações são do jornal espanhol El País.

Encontrado em 1991 na Itália, Oetzi pode agora ser visto a partir de 12 ângulos diferentes e em três dimensões, com imagens fechadas em suas tatuagens, mostrando detalhadamente os traços dos desenhos que trazem bastões atravessando seu corpo, numa clara referência à caça.

As fotografias são compartilhadas no site www.icemanphotoscan.eu, onde são mostradas com detalhamento em alta resolução. A iniciativa, chamada de Iceman Photoscan, partiu dos fotógrafos Marco Samadelli e Gregor Staschitz, que fizeram mais de 150 mil imagens distintas de Oetzi.

A múmia congelada que foi localizada na fronteira da Itália com a Áustria e possivelmente moreu na Idade do Cobre na Europa estava vestida com pele de cabra e chapéu a 3,2 mil metros de altitude quando foi descoberta. Ao ser encontrada, foi levada para investigação no Museu Arqueológico do Alto Adige, em Bolzano, no norte da Itália, onde permanece resguardada para pesquisas.

Legistas e pesquisadores acreditam que Oetzi tenha sido morto num ataque com flechadas, já que marcas de agressão foram encontradas em seu cadáver. Não há ainda referência exata sobre sua origem.


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