Advogado é preso por falsificar perfil no Orkut

Advogado é preso por falsificar perfil no Orkut


Um advogado de Florianópolis (SC) está preso por ter falsificado o perfil de duas pessoas em uma página de relacionamentos na Internet. Guilherme Stinighen Gottardi, 26, é acusado de criar profiles difamatórios de uma colega de trabalho no Orkut - em que ela aparece nua em montagens fotográficas - e do noivo dela, apresentado como homossexual no site. O acusado vai responder por falsidade ideológica, cuja pena pode ser de um a três anos de prisão, mais multa.

Gottardi e a vítima trabalham em uma agência do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina). Em 2007, o noivo dela registrou um boletim de ocorrência em razão da criação de um perfil no Orkut em que aparecia como gay. A polícia passou a vigiar usuários de cafés e lan houses da cidade. "Começamos a monitorar e fazer serviço de inteligência, levantando os suspeitos", explica o investigador da Polícia Civil, André Silveira.

Em seguida, foi criado um perfil da garota, cujo nome é Juliana, em que seu rosto aparecia em fotos pornográficas. Há duas semanas, um outro profile foi produzido, no qual constava que ela era funcionária do Besc e falava mal de outras colegas.

Novamente, foi registrado boletim de ocorrência e, na quarta-feira, no início da noite, Gottardi foi preso em flagrante em uma lan house, quando atualizava os perfis. Ele foi detido portando um CD com fotos e informações das vítimas.

O trabalho de investigação foi feito com o apoio da direção do Orkut. Mesmo assim, o investigador André Silveira afirma que é complicado apurar delitos virtuais deste tipo. "A polícia não está preparada e não há lei envolvendo crime na Internet, o que complica a investigação. É ruim também o contato com o Orkut. Não há telefone de contato", reclama.

O pai da garota vítima da difamação estava junto com os policiais no momento da prisão do advogado. Ele afirmou que vai processá-lo por danos morais e pedir reparação de danos morais. O CD com as fotos e informações será analisado por profissionais do IGP (Instituto Geral de Perícias) de Santa Catarina.

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