Familiares do produtor da banda Calypso, Gilberto Silva, que morreu ontem quando o avião bimotor em que estava caiu sobre quatro casas no bairro San Martin, em Recife (PE), afirmaram que ele telefonou para a mulher, ainda em Teresina (PI), para informar que havia perdido o vôo comercial em que embarcaria. Ele recebeu o convite do empresário Luiz Augusto para pegar uma carona no bimotor. Já próximo do pouso na capital pernambucana, ele teria trocado de lugar com uma passageira que sobreviveu à queda.
O corpo do piloto Eurico Pedrosa foi sepultado no início da tarde. No cemitério de Santo Amaro, onde também foi realizado o velório, amigos, familiares e colegas de profissão acompanharam o sepultamento e afirmaram que Pedrosa agiu como um herói no acidente, evitando uma tragédia maior. O empresário Gilberto Silva será enterrado às 16h, no cemitério do Arachá, em Campina Grande (PB).
Eurico Pedrosa era pernambucano e tinha 20 anos de experiência em aviação. Ele ficou preso nas ferragens da aeronave.
Já o empresário José Gilberto da Silva chegou a ser socorrido com vida para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. Ele havia ido a Campina Grande ver a família e pegou uma carona de volta na aeronave, quando soube que o grupo ia para Recife.
Os demais passageiros sofreram ferimentos diversos e alguns permanecem internados em hospitais particulares. O caso mais grave é o do empresário Valmir João de Oliveira, que se encontra na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
O motivo do acidente será investigado pelo Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). Por enquanto, as suposições são de que uma pane seca, ou seja, a falta de gasolina para completar o percurso, tenha sido a causa do desastre.
O avião bimotor é de propriedade da JC Shows, dos cantores Joelma e Chimbinha, da Banda Calypso, e estava arrendado à empresa Exclusive Fly.
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