Governadores solidários com Cássio

O governador Cássio Cunha Lima recebeu, na manhã desta quinta-feira (27), em Brasília, de forma unânime, o apoio de todos os governadores do Norte e Nordeste em sua luta pela manutenção do mandato. Durante reunião no Ministério da Fazenda, que teve na pauta principal a Reforma Tributária, Cássio foi instado a apresentar aos colegas dirigentes de estados um relato sobre o processo de cassação formalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no último dia 21 deste mês.

"Estou indo salvar meu mandato. Vamos apresentar recursos, tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal, porque a pena que me foi imposta não tem nada a ver", disse Cássio, lamentando que tenha havido uma manipulação da verdade ao longo do processo que culminou em sua cassação.

Além de Cássio, participaram da reunião os governadores Cid Gomes (Ceará), Ana Júlia Carepa (Pará), Jacques Wagner (Bahia), Jackson Lago (Maranhão), Eduardo Campos (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Wilma Faria (Rio Grande do Norte), Marcelo Miranda (Tocantins), Marcelo Déda (Sergipe), Teotônio Vilela Filho (Alagoas) e Eduardo Braga (Amazonas).

Em sua exposição, Cássio Cunha Lima asseverou a sua inocência. "Não fui condenado pela compra de votos. Não fui condenado por improbidade administrativa. Fui acusado de um suposto uso de programas de governo em promoção da minha candidatura", afirmou, assegurando que nenhuma das acusações resiste.

Segundo o governador, um dos programas, Ciranda de Serviços, sequer ocorreu durante o processo eleitoral. Cássio Cunha Lima disse ainda que não entregou cheques em "tempo algum, a qualquer eleitor", não havendo qualquer prova no processo que possa incriminá-lo, simplesmente porque esse fato nunca ocorreu, em qualquer circunstância.

Reforma tributária ainda polêmica

O governador Cássio participou da reunião no Ministério da Fazenda em companhia do secretário Milton Gomes Soares, da Receita Estadual. No encontro, o ministro Guido Mantega e os governadores tentaram resolver o impasse sobre a Reforma Tributária, já que os estados não aceitaram a proposta do Governo de São Paulo de cobrar 4% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e serviços (ICMS) na origem.

Diante dos impasses, o relator da comissão especial que analisa o assunto, Sandro Mabel (PL-GO) afirmou que a proposta da oposição é votar a Reforma só em março de 2009, embora a base aliada tenha condições e queira colocar em votação ainda este ano. O deputado Antonio Palocci (PT-SP), presidente da mesma comissão, defendeu que a disposição da base aliada é "votar a Reforma já".

O ministro Guido Mantega disse que há detalhes técnicos para serem avaliados e só na próxima segunda-feira (1), será feito pronunciamento.

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