A mídia nacional repercutiu neste fim de semana a existência de oito processos na Justiça Eleitoral contra o senador José Maranhão (PMDB), que deve assumir o cargo de governador da Paraíba nos próximos dias. Entre os processos há um de abuso de poder político e econômico, que foi justamente o que causou a cassação do mandato de Cássio Cunha Lima (PSDB) em julho de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ao que parece, as brigas judiciais, mesmo dois anos depois das eleições, não vão parar, como alguém poderia crer, com a confirmação da cassação de Cássio pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de ele próprio já ter afirmado que vai recorrer da decisão do TSE, Maranhão, que pode assumir ainda esta semana o governo do Estado, também terá seu mandato em pauta na Justiça Eleitoral.
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Os processos contra Maranhão estão com a Procuradoria Geral Eleitoral. Das oito ações, três podem cassar seu possível mandato de governador: são a acusação de abuso de poder político e econômico, compra de votos, conduta vedada e uso indevido de meios de comunicação. Referente à campanha de 2002, uma delas diz que houve "entrega de ambulâncias e doações com uso nitidamente eleitorais" e "desapropriação de hospital privado em troca de votos".
As outras duas ações que podem levar à perda do cargo de governador são referentes às eleições de 2006. Uma delas aponta Maranhão como beneficiado de suposta troca de favores entre correligionários na campanha em Campina Grande. A outra trata da distribuição de cerca de 50 mil camisetas para supostamente angariar votos para campanha.
No entanto, as ações já foram avaliadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na Paraíba e arquivadas. Foram remetidas ao TSE por meio de agravos. Diferente do que aconteceu com o processo que cassou o governador Cássio, que teve seu mandato cassado já na instância regional e depois confirmada, esta semana, pelo Tribunal Superior, em Brasília.
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