Trio de Câmara Brasileiro





Dizem que o Brasil é o país dos violonistas. Faz sentido. Impossível esquecer as heranças musicais de Baden Powell, Raphael Rabello, Dino Sete Cordas e Canhoto da Paraíba. Canhoto, por exemplo, revive agora no álbum de estreia do Trio de Câmara Brasileiro. Formado em 2003 pelo violonista e diretor musical Caio Cezar, pelo bandolinista Pedro Amorim e pelo cavaquinista Alessandro Valente, o conjunto vai arremessar na MIMO, em primeiríssima mão, o repertório de 'Saudade de Princesa'. Em 1997, Caio e Canhoto, amigos de longa data, se reencontraram em Recife e partiram para uma série de concertos juntos, cujo objetivo maior era transformar as apresentações num disco de inéditas. Na época, Canhoto sofreu um acidente vascular cerebral e ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Caio assumiu a tarefa sozinho e localizou 25 composições jamais gravadas do amigo. Chamou Pedrinho e Alessandro para desbravar estes choros, valsas e canções da melhor qualidade. Os três imprimiram um tratamento camerístico nas refinadas melodias de Canhoto, cuja sonoridade é, ao mesmo tempo, simples e complexa, singular e plural, regional e universal. Olinda assistirá a este concerto com maravilhas como “Visitando Recife”, “Tua imagem” e “Reencontro com Paulinho”, feita para o amigo e admirador Paulinho da Viola. Das inéditas, o público terá o gostinho de ouvir o choro “Agudinho”, a valsa “Sorriso de Vitorinha” e a faixa-título, homenagem à de Princesa Isabel, cidade-natal do grande Canhoto da Paraíba.

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