Mulher que se jogou sobre o papa é 'instável', diz Vaticano



Ela tentou fazer a mesma coisa no ano passado, segundo porta-voz.
O incidente não modificará o cronograma de Natal do papa.



A mulher que se atirou sobre o papa Bento XVI e o derrubou no chão no início da missa de Natal se encontrava "psicologicamente instável" e não estava armada, afirmou na sexta-feira (25) o Vaticano.

Em sua primeira declaração formal sobre o episódio de quinta à noite, o Vaticano identificou a mulher como Susanna Maiolo, de 25 anos, que tem dupla cidadania da Itália e da Suíça.

O Vaticano disse que ela foi detida e transportada para um centro médico para que recebesse o "tratamento necessário".

O incidente não modificará o cronograma de Natal do papa. O comunicado disse que Susanna Maiolo conseguiu agarrar as vestimentas do papa e que ele "perdeu o equilíbrio e escorregou para o chão".

Susanna Maiolo, que vestia um blusão vermelho com capuz, saltou sobre uma barricada e se jogou sobre Bento XVI no começo da missa de Natal na Basílica de São Pedro, provocando uma gritaria entre os integrantes da congregação.


Tentativa


O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que ela era a mesma pessoa que havia tentado saltar sobre uma barricada e alcançar o papa na missa de Natal do ano passado.

O cardeal francês Roger Etchegaray, de 87 anos de idade e saúde frágil, caiu "na confusão" e foi transportado em cadeira de rodas. Ele sofreu uma fratura no fêmur e deverá ser operado, mas seu estado não é grave.

O Papa, vestido de branco e dourado, foi socorrido por seguranças e depois de alguns segundos continuou a procissão para celebrar a missa. Bento XVI parecia calmo durante o resto da cerimônia.


Segurança


Durante o pontificado de Bento XVI, que começou em 2005, houve relativamente poucos incidentes de segurança. Em 2007, um alemão saltou sobre uma barricada na Praça de São Pedro quando o veículo do papa estava passando durante uma audiência geral, abordando Bento XVI.

O ataque mais grave contra um papa no Vaticano foi em 1981, quando o turco Mehmet Ali Agca disparou contra João Paulo 2º e quase o matou.

O incidente desta quinta deixou os seguranças do Vaticano visivelmente alterados e bispos espantados. O acontecimento voltou a provocar a discussão sobre a vulnerabilidade do papa se ele deseja manter o contato com o público.


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