TV americana recusa anúncio com 'pornô vegetariano'

Comercial do PETA traz modelos simulando sexo com verduras e legumes.
Peça foi rejeitada pela NBC por 'sexualidade acima dos padrões' da rede.



Reprodução da página inicial da campanha 'Veggie love' (Foto: Reprodução)

A rede de televisão dos Estados Unidos NBC rejeitou uma proposta do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, organização contra maus-tratos a animais) para veicular um anúncio durante a exibição do Super Bowl, o horário publicitário mais caro da TV americana. Intitulada "Veggie love", a peça de publicidade sugere os supostos benefícios de uma dieta vegeratiana para o desempenho sexual humano.

O comercial mostra modelos seminuas ou em lingerie protagonizando cenas eróticas com legumes e verduras.

De acordo com um texto divulgado no blog do PETA, a NBC afirmou que o comercial (que pode ser visto aqui) "retrata um nível de sexualidade que excede os nossos padrões". Ainda de acordo com a entidade, a rede de televisão afirmou que reavaliaria a oferta caso fossem cortadas as cenas que contivessem qualquer modelo "lambendo abóbora", "tocando os seios com a mão enquanto come brócolis", "lambendo berinjela" ou "esfregando aspargo nos seios", entre outras.

Em tom irônico, o PETA ainda brincou com a rejeição ao comercial e disse que a lista de exigências da NBC fez com que até eles "corassem de vergonha".

Reincidente

A transmissão do Super Bowl, final do campeonato de futebol americano, foi alvo de polêmica em 2004 quando o seio da cantora Janet Jackson foi exposto ao vivo em rede nacional. O incidente, protagonizado por Janet e Justin Timberlake, ocorreu no intervalo da final do jogo, quando os dois simulavam uma tentativa de sedução enquanto interpretavam a música "Rock your body".

No final da canção, Timberlake rasgou a parte da roupa de Janet que cobria um dos seios da cantora.

O episódio rendeu multa da FCC (Comissão Federal de Comunicações, o organismo regulador americano para rádio e televisão) à rede de TV CBS, mas, no ano passado, um tribunal de apelação considerou a empresa inocente da acusação de veicular "imagens indecentes".

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