EUA aprovam produção de 1ª pílula para prevenir transmissão do HIV
Pílula do medicamento Truvada, que foi autorizado por agência dos EUA a ser vendido como método preventivo à transmissão do vírus HIV (Foto: Paul Sakuma/AP) Auxílio a grupos de risco |
Truvada, do laboratório Gilead Sciences, foi autorizado por agência do país. Pílula pode reduzir de 44% a 73%risco de HIV em homens homossexuais.
A Agência Federal de Alimentos e Medicamentos - FDA dos Estados Unidosanunciou nesta segunda-feira (16/07) a aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco. Em maio, um painel assessor da agência pediu a aprovação do medicamento como prevenção para pessoas não infectadas, depois que testes clínicos mostraram que ele pode reduzir de 44% a 73% o risco de HIV em homens homossexuais.
"O Truvada é para utilizar na profilaxia prévia à exposição em combinação com práticas de sexo seguro para prevenir as infecções do HIV adquiridas por via sexual em adultos de alto risco. O Truvada é o primeiro remédio aprovado com esta indicação", afirmou a FDA. A droga é indicada para usuários enquadrados no grupo de alto risco de infecção, que podem se envolver em relacionamentos sexuais com parceiros infectados por HIV. O Truvada é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectadas com HIV, indicado em combinação com outros remédios antirretrovirais.
A pílula é considerada por muitos especialistas uma nova e potente ferramenta contra o vírus da Aids, mas alguns provedores de serviço de saúde temem que incentive comportamentos sexuais de risco. Um estudo sobre o Truvada publicado em 2010, no "New England Journal of Medicine", incluiu 2.499 homens que tinham relações sexuais com outros homens, mas que não estavam infectados com o vírus que causa a Aids.
Os participantes foram selecionados aleatoriamente para tomar uma dose diáriade Truvada - uma combinação de 200 miligramas de emtricitabina e 300 mg detenofovir disoproxil fumarato - ou um placebo. Quem tomou o medicamento regularmente teve quase 73% a menos de infecções. Segundo os especialistas, os resultados são a primeira demonstração de que um remédio já aprovado por via oral pode diminuir a probabilidade de infecções de HIV. De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento tem registro no órgão, ou seja, significa que está autorizado a ser comercializado no país.
Fonte: *Com informações da France Presse e da Reuters
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