Abaixo, página do Elysiants. Acima, Arthur De Groot (à esq,) e Ronald de la Fuente-Saez, donos do site, em São Paulo
Chega ao Brasil o Elysiants, comunidade on-line só para quem pode celebrar a vida em grande estilo
Fernanda Colavitti
Fernanda Colavitti
Houve um tempo em que o bacana era colecionar centenas de amigos em redes sociais como Orkut e Facebook – mesmo sem conhecer metade deles. O número de contatos virtuais era um termômetro de popularidade e status: quanto mais gente na lista de amigos, mais legal era o dono do perfil. Pois é... Era. Legal, agora, é ser “seletivo” – adjetivo predileto dos endinheirados nos dias que correm. Primeiro, esse conceito dominou festas e casas noturnas. Agora, rompendo o igualitarismo, os ambientes restritos chegaram à internet. Nesta semana, começa a operar no Brasil uma comunidade de luxo on-line chamada Elysiants, na qual só entram convidados. É o Orkut dos ricos.
Com sede em Hong Kong, o site tem 15 mil usuários e opera em Curaçao, Dubai e, agora, São Paulo. Os próximos lançamentos serão em Beirute, Abu Dhabi e Miami. O que esses locais têm em comum, além de certa cafonice? “Há muitos jovens que recentemente ganharam bastante dinheiro. São Paulo é a cidade onde mais se vende Louis Vuitton. Há muitas pessoas no Brasil que se identificam com o estilo de vida de nosso site”, diz Ronald de la Fuente-Saez, de 34 anos, um dos fundadores do Elysiants. Ele nasceu na Holanda, cresceu em Hong Kong e hoje vive no Caribe (na ilha de Curaçao). Fuente-Saez não quis revelar o valor do investimento no site (“Foi uma quantia obscena”) nem quem são os brasileiros que farão parte de seu clube, mas disse que tem uma lista com 600 nomes e que todos eles serão convidados para a festa de lançamento do site. Ela vai acontecer nesta terça-feira, 12, na seletíssima casa noturna Pink Elephant, em São Paulo. Estão na lista nomes como os estilistas Valdemar Iódice e Carlos Miele, os empresários João Paulo Diniz e Astrid Monteiro de Carvalho e o casal Bruno Gagliasso e Heleninha Bordon.
Os convidados não pagam para usar o site. São empresas ligadas ao “estilo de vida celebrativo” – Ferrari, Diesel, Prada, Veuve Clicquot, entre outras – que dão viabilidade econômica ao projeto. Elas pagam para estar lá e se conectar diretamente com seu público-alvo, de alto poder aquisitivo. O nome escolhido para a rede social, aliás, não deixa dúvidas sobre sua natureza. Elysi vem de Champs-Elysées, avenida de Paris famosa por suas lojas de artigos luxuosos. E ants significa formigas, na tradução do inglês – animais cuja comunidade, segundo Fuente-Saez, está entre as mais seletivas do mundo.
Por trás da iniciativa empresarial, há pesquisas que mostram que as pessoas – sobretudo as ricas – não estão interessadas em quantidade de contatos, mas em qualidade. “Criamos uma rede social menor, em que os participantes possam se relacionar com quem tenham realmente afinidade”, diz o empresário. Enquanto a média de contatos no Orkut é de mil pessoas por usuário, no Elysiants ela está em torno de 30. “O Facebook ficou popular demais”, diz a relações-públicas Fernanda Barbosa, que já faz parte da comunidade exclusiva. Outro usuário, o empresário Giulianno de Lucca, dono da Pink Elephant, sofre para barrar os indesejados que gostariam de participar da comunidade de sua casa noturna no Facebook. “Muita gente não tem o perfil que a gente quer”, afirma ele. “No Elysiants, as pessoas já estão pré-selecionadas.”
Para lançar o site em grande estilo, os sócios querem fazer uma festa memorável. Os convidados que confirmarem presença serão apanhados em casa com automóveis BMW. O bufê será preparado pelo chef do hotel Grand Hyatt. É tudo na faixa, mas o champanhe será pago – e a renda doada para uma instituição de caridade.
Os sócios do Elysiants querem quebrar na festa um dos recordes de ostentação da noite paulistana. É assim: na Pink Elephant, cada vez que se pede um champanhe Veuve Clicquot Jéroban (de R$ 2.800) ou dez garrafas de Clicquot normal (R$ 485 por garrafa), a mesa que fez o pedido vira o centro das atenções. É iluminada por um canhão de luz e a presença do cliente perdulário é anunciada nos alto-falantes. Tudo isso ao som do tema do filme Super-Homem. Essa música já foi tocada duas vezes em uma noite para o mesmo cliente. O site que tem por mote “celebrar a vida com estilo” pretende fazê-la tocar mais vezes na terça-feira.
Os convidados não pagam para usar o site. São empresas ligadas ao “estilo de vida celebrativo” – Ferrari, Diesel, Prada, Veuve Clicquot, entre outras – que dão viabilidade econômica ao projeto. Elas pagam para estar lá e se conectar diretamente com seu público-alvo, de alto poder aquisitivo. O nome escolhido para a rede social, aliás, não deixa dúvidas sobre sua natureza. Elysi vem de Champs-Elysées, avenida de Paris famosa por suas lojas de artigos luxuosos. E ants significa formigas, na tradução do inglês – animais cuja comunidade, segundo Fuente-Saez, está entre as mais seletivas do mundo.
Por trás da iniciativa empresarial, há pesquisas que mostram que as pessoas – sobretudo as ricas – não estão interessadas em quantidade de contatos, mas em qualidade. “Criamos uma rede social menor, em que os participantes possam se relacionar com quem tenham realmente afinidade”, diz o empresário. Enquanto a média de contatos no Orkut é de mil pessoas por usuário, no Elysiants ela está em torno de 30. “O Facebook ficou popular demais”, diz a relações-públicas Fernanda Barbosa, que já faz parte da comunidade exclusiva. Outro usuário, o empresário Giulianno de Lucca, dono da Pink Elephant, sofre para barrar os indesejados que gostariam de participar da comunidade de sua casa noturna no Facebook. “Muita gente não tem o perfil que a gente quer”, afirma ele. “No Elysiants, as pessoas já estão pré-selecionadas.”
Para lançar o site em grande estilo, os sócios querem fazer uma festa memorável. Os convidados que confirmarem presença serão apanhados em casa com automóveis BMW. O bufê será preparado pelo chef do hotel Grand Hyatt. É tudo na faixa, mas o champanhe será pago – e a renda doada para uma instituição de caridade.
Os sócios do Elysiants querem quebrar na festa um dos recordes de ostentação da noite paulistana. É assim: na Pink Elephant, cada vez que se pede um champanhe Veuve Clicquot Jéroban (de R$ 2.800) ou dez garrafas de Clicquot normal (R$ 485 por garrafa), a mesa que fez o pedido vira o centro das atenções. É iluminada por um canhão de luz e a presença do cliente perdulário é anunciada nos alto-falantes. Tudo isso ao som do tema do filme Super-Homem. Essa música já foi tocada duas vezes em uma noite para o mesmo cliente. O site que tem por mote “celebrar a vida com estilo” pretende fazê-la tocar mais vezes na terça-feira.
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